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Depois de uns cortes radicais nos pinheiros de casa dos pais, acabámos por ganhar uns belos troncos que vão ficar muito giros cá no terreno.
Como a casca sai muito bem vou aproveitá-la para cobrir alguns dos canteiros, depois de partida em cacos. A ideia era irmos até ao Gerês passar umas férias. Queríamos voltar à Vila para tomar bons banhos na barragem e passear na natureza. Mas ao passarmos pelo Porto não resistimos e acabámos por ficar. E ficámos mais um dia, e outro e mais outro. Deu para conhecermos um pouco da cidade e a zona da Foz. Como era verão, ainda tomámos um banho em Matosinhos, mesmo em frente ao novo terminal de cruzeiros do porto de Leixões. A conselho do Tona fomos visitar uma praia mais a sul, Miramar. Parece uma praia da Costa Alentejana, com mar batido e bem gelado. Visitámos a rua das Galerias de arte, divertimo-nos numa loja de brinquedos (montes de Legos, puzzles e bonecos em miniatura), arranjámos a máquina fotográfica numa loja de rua, à antiga, fizemos um passeio de bicla da Ribeira até à Foz e conhecemos alguns dos Parques, Jardins e Museus da cidade.
Mesmo assim, ao fim duma semana, ficou muito por ver. Temos que voltar para ir conhecer o Palácio da Bolsa, visitar a Casa da Música com visita guiada....e ver os outros Jardins que ficaram por ver. Finalmente fomos passar o primeiro fim de semana à casinha no campo.
Na sexta de manhã chegaram as nossas amigas. Resolvemos encontrar-nos, com o pretexto de organizar uma festa no campo para comemorar a entrada no verão. Só sei que passámos um dia tão sereno, divertido, prazeroso, descontraído …que quando chegou a hora de se irem embora deu-me aquela tristeza!… Com amigos do peito é mesmo assim. Todos ajudaram a fazer o almoço e a pôr a mesa, que ficou linda, enfeitada com o ramo que a Flor fez. O Nuno dormiu uma sesta deitado na manta e também ficou a conhecer os legumes da horta com as explicações do Nelson. À tarde passaram as cegonhas. Lá em cima, no céu. Não faltaram as belas queijadas pró café e ainda tivemos como presente um sortido de plantas de cheiro e bagas variadas. Já sei bem onde as vou colocar. Assim que estiverem na nova morada (agora ainda estão nos vasinhos) ponho aqui foto. Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada. Guigas, Luisa, Flor e Nuno. Voltem sempre que vos apetecer, que a casa é vossa! Cascais.
Jardim do Museu Condes de Castro Guimarães, qual Maria Marta Medeiros de Mendonça e Albuquerque. Estávamos de passagem por ali. Resolvemos espreitar e foi uma surpresa agradável. O jardim tem imensas aves à solta e está bem cuidado. Não deu para ver tudo por isso ficámos com vontade de voltar. Com melhor tempo. Com sol. Na zona do Martim Moniz e Almirante Reis, em Lisboa, podem ver-se alguns sinais das comemorações alusivas ao início do ano chinês. A vista que temos do Castelo de São Jorge é uma das minhas preferidas. Almoçámos por lá, na barraquinha 'Erva', a quiche e os crepes de legumes estavam uma delícia! Recomendo. Mais street artAlgumas das fotos do Joel Santos estão espalhadas por ali. É um bocadinho da Índia que nos chega e que tem tudo a ver com a grande mistura racial que se sente nesta zona de Lisboa.
O tempo não estava grande coisa, mas mesmo assim apeteceu-nos ir por aí tirar umas fotos. O Kiko tinha que praticar para o curso de fotografia e então aproveitámos. Começámos — eu a Aninhas e o Kiko — a volta pelo LX Market e daí fomos ver as comemorações do início do ano chinês para o Martim Moniz. Em boa companhia vamos a qualquer lado e sabe-nos mesmo a férias. Street art Surpreendo-me quando vejo arte, assim ao desbarato, para qualquer um de nós, mais atento, poder desfrutar da beleza do que alguém fez num momento de inspiração e desprendimento.
A caminho da Feira da Ladra demos com o Museu do Azulejo e como nunca lá tínhamos ido resolvemos parar. É no Convento Madre Deus; pela arquitetura diria que é do tempo dos Descobrimentos. A coleção de azulejos, desde os mais antigos aos mais modernos, vale uma visita.
Quando íamos para lá descobrimos um armazém junto ao rio, Cantinho do Vintage, e aí foi só sonhar! Como está aberto à segunda, das 21h às 23h, lá teremos que voltar para nos perdermos. Já se escreveu Cintra, em tempos passados. Hoje escrevemos Sintra. Vale uma visita em qualquer altura do ano.
Fomos lá, com os pais, com o pretexto de ir ver velharias à feira de S. Pedro. Entrámos num antigo solar, que já foi restaurante, agora recheado de velharias a preços muito apetecíveis. Divertimo-nos à brava a fotografar no meio daqueles móveis e ambientes de época. Como o cheiro a mofo e o frio era muito acabámos por vir para o sol. E cá fora, demos com uma sopa e uma bifana na roulotte dos bombeiros, de comer e chorar por mais. Ali, sentados no passeio a apanhar este sol de inverno, deliciámo-nos. Acabámos por ir tomar café à Taverna dos Trovadores num pátio cheio de pinta onde prometemos voltar. A minha ideia era ir para lá mais cedo do que a hora marcada para poder fazer uma corrida à beira rio mas como também queria passar no CCB, a seguir, para ir ver umas peças acabei por não ir vestida a preceito. Da próxima vez não me falha, que esta ficou-me atravessada!
Levei a máquina fotográfica e estive por ali entretida enquanto esperava pelos amigos. A quem dediquei mais tempo de observação foi à Melia Azedarach. É uma árvore que nesta altura do ano está sem folhas e com bolinhas amarelas. Foi-me apresentada pelo ex-ministro Bagão Félix através do seu livro 'Trinta árvores em discurso directo'. Tenho andado a lê-lo e tem-me dado muito prazer. Faço-o aos bocadinhos, uma ou duas vezes por dia, e assim, aos poucos, vou ficando a conhecer melhor estes Seres maravilhosos que são as árvores. O brunch foi no Cubo. Estivemos por lá mais de três horas com conversa boa e animada. Lisboa, sempre perfeita, acolheu-nos com a sua luz. Viajar, sempre. Cá dentro, lá fora, perto de casa, de carro, avião ou a pé. Ir conhecer novos lugares, novas cores, cheiros, sons... Ir com os sentidos apurados para reter na memória os melhores momentos e poder ir buscá-los, nos piores. Assim, ir com espírito de férias. Tão bom.
Sempre gostei de ver o velho virar novo. Sou doida por velharias, por mercados de rua com coisas em segunda mão, pela Feira da Ladra (onde não vou já há alguns anos e gostava de visitar em breve), por roupas usadas em que imagino o que posso fazer com elas e naquilo em que se podem transformar, por recuperar móveis......e por isso, ao longo deste 5 meses em que estivemos a recuperar a nossa casa no campo fui fazendo algumas fotos daquilo em que se foi transformando. Tem dado trabalho, mas muito gozo à mistura. PoentePoente e SulSul, onde o mar…NascenteMuita da nossa inspiração vem da natureza. Nesta época de outono podemos ver o encarnado nas árvores, arbustos e trepadeiras. Hoje fui até ao Lx Market e aquilo é altamente inspirador. Aconselho.
A casinha está quase pronta!
As obras de recuperação começaram em julho e já estão a chegar ao fim. São 5x7m que serão a nossa casa nos próximos fins de semana. Estou ansiosa de poder começar a por trepadeiras nas paredes e vasos cheios de flores à porta. Ainda faltam algumas coisas, como: o chão à volta da casa, o remate da chaminé, as janelas e portadas, a pintura por dentro e fora e todos os acabamentos interiores. Mais um mês e está feita! Em julho passado fomos até ao sul de Inglaterra visitar alguns jardins, públicos e privados, para tirar ideias para o nosso.
Foram sete dias inesquecíveis, com um grupo muito simpático, na sua maioria pessoas com idades acima dos 65. Gente de espírito jovem, mente curiosa e com vontade de viver o que esta vida tem de melhor. Sem se queixarem das suas mazelas, de sorriso na cara e máquina fotográfica sempre pronta a captar aquelas paisagens verdejantes, mostraram-me como eu espero ser quando chegar a essa idade. 'O legado de Gertrude Jekyll' deu o mote à viagem. Gertrude , que nasceu em 1843, foi uma influente arquiteta paisagista britânica (1843) que projetou mais de 400 jardins, em Inglaterra. Para ela, projetar um jardim era como fazer uma obra-de-arte onde a harmonia de cores era obrigatória. Os ingleses são mestres nesta arte e muito temos a aprender com eles. Aqui ficam alguns exemplos dos jardins, com amplos relvados, jardins campestres e relógios de sol, bem ao estilo de Gertrude Jekyll. Um dia no jardim é sempre um dia de férias. Estar rodeada de verde, de natureza e dos cheiros das árvores, é uma delícia! Descobrir recantos onde nos podemos sentar e apreciar as sombras, o reflexo da água, a textura das folhas e dos troncos das árvores, a luz a passar pelos ramos… dá para repor as energias gastas durante a semana de trabalho. E sabe tão bem. A férias!
Ontem plantámos morangos e batata doce. Os morangos foram para o canteiro onde estavam as favas, depois de adubada a terra, e os pés de batata-doce foram para os sítios de onde tirámos as batatas comuns.
No final do dia trouxemos: beldroegas — que crescem tenras e boas por baixo das abóboras, melões e melancias, — nabos com rama, batata nova, alfaces e espinafres selvagens (que se dão muito bem e crescem rápido). É sempre um festa apanhar aquilo que cultivamos e vemos crescer. Vai ser giro quando tivermos a Justa e a Injusta a dar ovos. :-) Jardim das Conchas. Sempre gostei de conchas. Quando vou para a praia perco-me a andar à beira mar a apanhar conchinhas e pedras.
O Jardim das Conchas tem uma bela esplanada envolta na vegetação. E palmeiras já bem antigas que lhe dão aquele ambiente romântico. E depois há a água. Este jardim tem um lago com um deck bestial para se estar. Quando acabei a corrida, deitei-me no deck a ver o céu. Quando, depois, vim passear para fotografar sentei-me a contemplar as pessoas e as árvores. Um deck é um 'must point'. O Jardim das Conchas, apesar de ter umas zonas mais bravias lá para cima, tem graça e é acolhedor. Mesmo as zonas de mata têm o seu encanto. Para a semana, volto! Resolvi fazer um confit de limão inspirado na cozinha marroquina. Quando lá estivemos reparei que o confit de limão não podia faltar nas despensas deles. Fica muito bom no tempero de carnes. Frango, especialmente. E como já começaram a sobrar limões lá do pomar achei que seria uma boa ideia fazer um confit para aproveitá-los. Para além disso pude presentear alguns dos meus amigos. nota: convém passar bem por água antes de utilizar. Doutro modo fica muito salgado. Depois de alguns anos à procura de uma casa de campo para irmos relaxar aos fins-de-semana, que deveria distar não mais do que meia hora, de carro, da nossa casa, encontrámos o sítio ideal. Desde aí já se passou um ano e meio.
Começámos por tratar das zonas verdes - aquilo que mais gostamos e que nos dá mais gozo fazer - o tal 'Sabor a Férias' que dá nome ao blog. Apesar de só lá irmos ao fim-de-semana o N. achou bem começarmos a fazer a horta. E assim foi, e assim tem sido. Descobertas atrás de descobertas. A Natureza está sempre a suspreender-nos! |
Estado d'almaTodos precisamos de ter tempo livre para esvaziar a cabeça das preocupações do dia-a-dia e voltar a encher a alma de desejos que nos ponham um sorriso na cara. Arquivo
March 2023
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